30 de janeiro de 2011

Um desabafo...

Preguiça!
Gente demais, tevê demais, internet demais...

Bobagens demais, fofocas demais, "assuntinhos" demais...
Abraços demais, conversas demais...
Sorrisos demais. Piadas demais... Repugno toda essa efusividade.
Falsidade demais.

Asco!

Preocupações, correria, agitação...
Buzinas, barulho, ligações demais...


Eu só queria mesmo era uma boa viagem com destino a lugar nenhum.
Algum lugar calmo que ninguém me conhecesse...

E nem tivessem essa intenção.

A vontade desse sumiço é tão grande...
Tão GRANDE...

E inúmeras coisas me prendendo aqui:

emprego, família, faculdade,
cursos, apresentações e agora essa pneumonia...
que por pouco me trancafiou no hospital hoje.


Não nasci pra isso não...
Um mundo tão grande aí fora para conhecer...

[...]


Não respiram, não vivem.
Preguiça de vocês que me sufocam com perguntas e "por ques?"...

Preguiça desse mundo globalizado...
Que me obriga a ter um celular, para qualquer fulaninho poder falar comigo a qualquer hora do dia...

Que me obriga a ter e-mail, participar de redes sociais na internet...
Manter um MSN, que só me dá dor de cabeça...
Me obriga a ler as últimas notícias de lugares que não tenho a mínima vontade de conhecer...

Um mundo que me exige individualismo
Que exige liderança... que me cobra prazos e resultados...

E uma sociedade viciada em relacionamentos fúteis...
- Bastardos, eu só quero poder ler meus livros e apreciar minha solidão. Eu gosto disso... Vocês não entendem?!

Não preciso de um namorado "sarado" me enchendo o saco depois de ter voltado da academia.
Não preciso saber quem foi o eliminado da vez do reality show que todos estão assistindo...

Não me importo se a cor do verão é laranja, nude ou azul royal.

Eu só quero uma viagem com destino a lugar nenhum...
E sumir da visão de todos vocês.




Cair na estrada.

26 de janeiro de 2011

Lugares Proibidos

Eu gosto do claro quando é claro que você me ama
Eu gosto do escuro no escuro com você na cama
Eu gosto do não se você diz não viver sem mim
Eu gosto de tudo, tudo o que traz você aqui
Eu gosto do nada, nada que te leve para longe
Eu amo a demora sempre que o nosso beijo é longo
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby, com você já, já...
Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que eu não esperava
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem datas
Chega mais cedo amor
Eu finjo que eu não esperava
Eu gosto da falta quando falta mais juízo em nós
E de telefone, se do outro lado é a sua voz
Adoro a pressa quando sinto
Sua pressa em vir me amar
Venero a saudade quando ela está pra terminar
Baby com você chegando já...
Gosto de fazer amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem datas
Chega mais cedo amor
Eu finjo que eu não esperava...

(Helena Elis)

22 de janeiro de 2011

Recomeçar de onde me perdi

Sou forte sim. Volto frequentar lugares que frequentava acompanhada de outras pessoas, mas agora sozinha.
Disfarço lágrima, saudade, medo, solidão... Disfarço pedindo um bom mate.
Esperando que a bebida matasse qualquer angústia causada pelos flashs que surgem quando fecho meus olhos.
De nada adianta. A bebida retorce no meu estomago me dando naúseas.
- Pourquoi? Porquoi?
Me pergunto em francês, tentado distrair-me com a sonoridade do idioma...
Não consigo.
Pessoas ao redor observam, parecem não entender o que se passa...
O que acontece é que ter voltado a um lugar que eu estava a exatamente um ano atrás vivendo dias intensos, falsas tardes radiantes, alimentando expectativas e demasiadas ilusões... Ah, isso me assusta...
É como se tudo que aconteceu ano passado estivesse batendo à porta e tentando de alguma forma retornar...
- Nãoo! Vão embora, por favor. - imploro àquelas memórias.
 Para completar o som do ambiente toca alguma música familiar...
- Péssima ideia ter vindo aqui!
Levanto, ando sem direção, como quem está fugindo, procurando um lugar seguro. Não há.
E a música continua tocar...
Lembro-me de ter colocado os fones na bolsa antes de ter saído de casa.
-Ótimo!
Coloco na primeira música da minha playlist pessoal...

"On me dit que nos vies ne valent pas grand chose
Elles passent en un instant comme fanent les roses
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux

Pourtant quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore
Serais ce possible alors..."
Canto esses versos que tenho decorados...
A sonoridade é um tanto triste, mas me tranquiliza..
[...]Humm hmmm hmmmm....

Retorno ao meu lar bem mais tranquila...
O pânico do retorno de coisas do passado já passou, graças!
E eu devo ser fiel ao meu pensamento inicial, quando decidi voltar àquele lugar:
"...visitarei para recomeçar e apagar todas as lembranças, como se nada de ruim houvesse acontecido após a última vez que estive lá. Recomeçar de onde me perdi."

21 de janeiro de 2011

Uma surpresa

liberdade cultura conhecimento paz risadas música cachecol vermelho gritos mãos sono noite neve jardim feliz eu mudar sumir esquecer conhecer passaporte café livros malas casaco aconchego soneca sussuro chapéu marrom porta arquitetura turismo perfume paisagem fotografias sorriso mãos verde olhar sonhar sorrir jardim pular saltar aventura teatro batom vermelho eu sumir malas malas unhas casaco orgulhosa contente sorrir ficar fugir dormir hmmmmmm feliz feliz acordar passear liberdade livre ócio turista morar morar namorar bye feliz feliz perfumes compras café inverno boina botas rímel cabelos vento perfume cheiro bicicleta alguém conhecer gente hipismo música soneca chuva trovão sofá poltrona abajur livros música satisfação felicidade realização sumir conhecer milhões bonecas carros rir caneca soneca jornal pantufa chá morangos mesas hmmmm ócio adoro aconchego abraçar sorrir beijar gritar feliz uhuul beleza arquitetura vento brisa vento eu nuvem fumaça sorriso olhos céu vento bagunçou beijos viajar perder eu encontrar perder divertir você perder eu alguém  sossego encontrar eu eu eu eu necessidade lugar esse eu respirar bicicleta sussurar bla bla bla estudar ler falar calor ventania felicidade morar aqui lá zzzzzzzzz tanto faz lá quero muito fran pudim doce eu ar viver sumir eu aqui lá lá lá lá vou partir beijo fui.

Crescer?


E eu corro o risco de ficar como as pessoas grandes, que só se interessam por números. Foi por causa disso que comprei uma caixa de tintas e alguns lápis também.

[O Pequeno Príncipe]